terça-feira, 29 de novembro de 2011

SOCIEDADE, ESCOLA E PARTICIPAÇÃO

       A escola é uma instituição social construída e constituída com objetivos explícitos: o desenvolvimento das potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos, por meio da aprendizagem de conteúdos (conhecimentos, habilidades, procedimentos, atitudes e valores), para tornarem-se cidadãos participativos na sociedades cheia de contradições em que vivem. É como afirma Donald (2000, p. 65):


                              Ser um cidadão em uma democracia liberal moderna, por exemplo, significa tanto ser membro da comunidade imaginada da nação quanto ser ético autoconsciente e automonitorado. Mas o status pedagógico do primeiro (sua pretensão a dizer quem  você é) é sempre colocado em dúvida pela performatividade do último (que exige que você seja o autor de seus próprios enunciados e de suas próprias ações).


     Em outras palavras, Donald proclama a difícil tarefa entre dizer e ser realmente cidadão participativo. Esse é um dos importantes significados formativos atribuídos à escola  à educação. Porém, cabe alguns questionarios: será que a escola tem conseguido firma-se nesse objetivo? Será que a escola pós-moderna compreende-se nesse papel? E o professor se vê com alguma participação nisso?
Sendo assim, a afirmação de Mellouki e Gauthier (2004, p. 540) é esclarecedora:


                          A cultura fornece não só o material, os utensílios (conhecimentos, sistemas de símbolos, de gestos e de signos, entre os quais a linguagem) e as finalidades, mas por vezes também os modelos (o que é bom cidadão, um cientista, um médico, um professor, um homem, uma mulher, um pai ou uma mãe etc.) ou os esquemas de construção da relação. Ela permite definir, elaborar ou modificar a relação consigo mesmo, com os outros e com o mundo.


       A soma dos questionamentos realizados e a percepção dos autores indicados devem servir-nos de referencial para uma auto-avaliação.Necessitamos repensar nossas práticas  ainda dentro da sala de aula como professores em formação e, não apenas quando já formos profissionais da área de educação.

JESUS, MODELO DE MESTRE

Ele era claro, preciso, objetivo;
Seu quadro-negro era o chão,
O giz - seu próprio dedo,
 Usava como ilustração
O que mais perto estava
e à vista de todos:
Como uma árvore, a natureza, uma criança.
Tinha apenas duas turmas de alunos:
Os doze e a multidão.
Sua sala de aula tinha por teto o céu
E por banco a própria relva.
Dava, às vezes, aulas particulares, como à Samaritana,

Aulas audio-visuais, enquanto caminhava,
Aulas diurnas, noturnas, como a Nicodemos.
Ensinava no mar e na terra firme,
No monte ou em casa, no templo ou caminhando.

O esboço de suas aulas estava em sua própria mente;

Preparava-o, preparando-se em oração ao Pai
Incansável Mestre, Seu tempo de ensinar era sempre
 
     (AUTOR DESCONHECIDO) 

domingo, 6 de novembro de 2011

Curso de projeto

Os projetos representam uma excelente oportunidade de superar os desafios impostos aos educadores pelos currículos organizados com disciplinas, permitindo que se trabalhe com a complexidade dos problemas. E fazer um curso de projeto que oferece conhecimentos sistematizados para utilizar  as TICS no desenvolvimento de projetos em sala de aula é de grande relevância para a formação do profissional da educação.
Atualmente, vivemos uma época de transição, em que as tecnologias informáticas são apropriadas pela sociedade. Assim, muitas perspectivas se abrem no campo da educação, em função das novas potencialidades que recursos tecnológicos propiciam para os novos meios de ensinar e aprender, mas ao mesmo tempo, muitos desafios se apresentam exigindo novas soluções. E a participação do professor em um curso de projeto envolvendo as TICS é de grande relevância para vencer obstáculos, solucionar problemas e gerar conhecimentos.

as novas tecnologias da informação aliadas ao processo educativo

A revolução científico-tecnológica introduziu profundas mudanças no mundo contemporâneo e essas mudanças já estão instaladas na economia e na sociedade do conhecimento. Um exemplo é a quebra de barreiras geográficas, que propicia maior rapidez e qualidade na comunicação e interação entre culturas e meios sociais. Constitui-se, agora, um sistema global integrado, mas como em todo processo social, somente uma parcela da sociedade participa dele.
É por isso que as novas tecnologias vêm permitindo extrapolar as fronteiras de espaço/tempo, favorecendo, assim, a velocidade da coleta e processamento das informações e a interatividade em qualquer parte do mundo. Cabe verificar como as pessoas distribuem e utilizam a informação de forma que se transforme em conhecimento.
A revolução tecnológica cria novas formas de socialização, processos de produção e, até mesmo, novas definições de identidade individual e coletiva. Diante desse mundo globalizado, que apresenta múltiplos desafios para o homem, a educação surge como utopia necessária e indispensável à humanidade.
A escola que ficar fora desse processo não conseguirá renovar sua prática de ensino-aprendizagem, nem propiciar o desenvolvimento integral do aluno ou valorizar o seu lado social, emocional, crítico, imaginário e deixar à margens para a exploração de novas possibilidades de criação.
Ao utilizar o computador no processo ensino-aprendizagem, a escola não deve deixar que ele se torne um artigo de luxo ou peça decorativa, mas deve auxiliar professores e alunos a repensar seu papel frente às novas tecnologias.
O computador, como ferramenta para aprendizagem, desenvolve habilidades intelectuais e cognitivas, o que leva o indivíduo a explorar suas potencialidades, criando autonomia na aprendizagem. Com o uso das Novas Tecnologias, o papel do professor não é apenas o de transmitir informações, mas o de facilitar a aprendizagem. Assim, o computador passa a ser aliado do professor, propiciando transformações no ambiente de aprender  e questionando as formas de ensinar.
O professor também precisa se capacitar e ter a disposição de encarar esse novo desafio que é a informática educativa. O computador não é um bicho de "sete-cabeças" e não salvará o ensino se não soubermos utilizá-lo.

ponto de vista

Na sociedade atual, é impossível um profissional da educação, principalmente o professor comprometido com o seu trabalho e com bom desempenho do educando não desenvolver uma prática dialógica com seus alunos, onde ouve suas ideias, dúvidas e curiosidades. Mas para se desenvolver um trabalho de qualidade onde se estabelece um ambiente de livre expressão, baseado no diálogo, é impressindível que se utilize estratégias capazes de desenvolver essas competências e habilidades: ouvir, falar, compreender, entender, opinar, saber expor nossas ideias e pensamentos e procurar ouvir, respeitar e entender o outro, buscar aquisição de conhecimentos e superar as dificuldades. E tudo isso é possível através da conversação,  do diálogo, da discussão, exposição de fatos e relatos, do bom relacionamento entre professor e aluno, e também com o uso das TICS, pois elas fazem parte do cotidiano do profesor e do aluno. No processo educativo, as TICS atuam como um recurso indispensável já que a construção do conhecimento passa por um processo de transformação diante de todas as modernas tecnologias.